quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Malware dentro do bolso

Saiba como identificar ataques de programas nocivos, evitar infecções e remover invasores.



Eles já deixaram os computadores tradicionais para trás na preferência dos usuários e hoje estão em todos os lugares. Tablets e smartphones são os equipamentos preferidos, principalmente dos jovens, para comunicação e acesso à internet. Logicamente, os criadores de programas nocivos não deixariam passar essa oportunidade de entrar em ação. Segundo estudo feito pela empresa Webroot, o volume de ameaças para o Android, o sistema presente em 80% dos aparelhos vendidos em 2013, cresceu 384% no ano passado. 

E o risco é ignorado por muitos. “Por serem equipamentos novos para muita gente, ainda há usuários que não sabem utilizá-los corretamente ou que têm a falsa impressão de que não é necessário protegê-los”, afirma Bruno Pinheiro, analista de segurança da Nodes, representante no Brasil dos produtos Avira. Os programas invasores podem capturar dados sigilosos, como senhas bancárias, e enviar para criminosos por meio da internet.

Como evitar ameaças
Baixar e usar diversos aplicativos é o grande atrativo de tablets e smartphones. Mas é preciso ter cuidado. Segundo um relatório da Webroot, que avaliou 5,9 milhões de arquivos de apps, 42% dos programas podiam ser classificados como nocivos ou suspeitos. Para evitar surpresas com eles, vale instalar um antivírus, manter o sistema operacional atualizado e utilizar as lojas oficiais de aplicativos, como App Store ou Google Play. Mas, mesmo nelas, é preciso adotar uma conduta cuidadosa. Prefira fazer download de arquivos de fornecedores conhecidos e verifique a área de comentários para saber se outras pessoas não reportaram problemas ao usar o programa pelo qual você se interessou.

Apesar de a instalação de apps ser fonte de boa parte dos problemas, há outras formas de contaminação. Por isso, rejeite solicitações de conexão por Bluetooth de desconhecidos e não clique em links suspeitos que chegam por mensagens de SMS ou do WhatsApp, por exemplo. Processos como jailbreak no iOS, que abre o dispositivo para o acesso a apps não autorizados pela Apple, ou o acesso root, liberação do acesso à conta de administrador de sistema) no Androd, feitos por usuários avançados, oferecem novos recursos, mas também diminuem a segurança do dispositivo.

Como remover malware
Há vários indícios de que um aparelho foi afetado por algum malware. Ele pode ficar lento, por exemplo, ter funções alteradas ou sua bateria ser drenada muito rapidamente (veja a lista de sintomas ao lado). Se você ainda não tem um programa de proteção, trate de providenciá-lo antes de se ver diante desses problemas ou, caso já seja tarde, para tratar de resolvê-los. Há opções como o Kaspersky Internet Security e o Mobile Security & Antivirus, para Android, e Avira Moblie Security, para iOS. Faça uma verificação nos arquivos com o app escolhido e remova aplicativos suspeitos de terem infectado o seu aparelho. Se esses passos não resolverem, tente restaurar um backup que você tenha feito quando o aparelho não apresentava sintomas de infecção e, em último caso, restaure o aparelho para as configurações de fábrica (o que irá apagar os seus dados).

iPhone é imune?
Apesar 99% dos programas nocivos para smartphones ser destinada ao Android, segundo estudo da Cisco, o iOS não está imune. É fato que a Apple adota um política rigorosa de verificação de aplicativos na App Store, mas ela também comete deslizes. Foi o caso do programa Find and Call, aprovado para iOS e que, depois de muitas reclamações, foi identificado como malware e removido pela Apple por roubar dados e enviar spam.

Meu equipamento tem malware?
Conheça alguns dos principais sinais de que seu aparelho foi atacado

Bateria – Se o aparelho começar a descarregar muito rápido ou desligar mesmo quando ainda há uma carga de 15%, por exemplo, tudo indica que há invasores.

Lentidão – O uso indevido dos recursos por programas nocivos pode transformar o smartphone em uma "carroça".

Mudança nas configurações – Em um aparelho com malware, os botões podem ter suas funções alteradas.

Publicidade e aplicativos – Anúncios e programas executados sem a sua solicitação? Mau sinal...

SMS e chamadas – Smartphones infectados podem disparar mensagens de texto ou até mesmo fazer ligações, o que terá impacto na conta telefônica.

Bluetooth – Esse tipo de conexão é uma das principais formas de compartilhamento de arquivos em smartphones. Se o recurso entrar em ação sozinho, é sinal de que um malware está ativo.

Fonte:
Info Online

Imagem:
Joy Freschly

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